Cerejeiras à margem do Tidal Basin, em Washington DC, que costumam atrair centenas de visitantes nesta época do ano, em foto de quarta-feira — Foto: Chip Somodevilla/Getty Images/AFP
O que se viu no fim de semana foi um curioso trânsito na rua de monitores e teclados que as pessoas levavam do trabalho pra casa. Washington tem 600 mil habitantes e ao menos 32 casos confirmados da covid-19, doença causada pelo vírus. O efeito em cascata foi imediato sobre os políticos republicanos - até o chefe de gabinete de Trump entrou em quarentena.
As senhoras de D.C., que ostentam finos chapéus ornamentados a caminho das missas ou cultos ao domingo, desapareceram das ruas conforme as pregações passaram a ser online ou foram simplesmente canceladas. Não há prazo determinado para que a vida volte ao normal na cidade, mas a expectativa é de que isso pode levar meses, já que o presidente Trump acredita que a epidemia durará até agosto no país.
O tradicional restaurante Dubliner, acostumado a atender há mais de 4 décadas cerca de 600 pessoas em um típico dia de St. Patrick, ficou vazio. Seus 70 garçons foram demitidos. "Como muitos de vocês sabem, a situação do coronavírus está sendo devastadora para a Compass. Nossas vendas caíram 90%. Na noite passada, nós decidimos demitir a grande maioria dos nossos baristas para que eles possam ter acesso a benefícios de seguro desemprego", publicou o café em suas redes sociais.
"O metrô se reserva o direito de fechar a qualquer momento do dia as estações próximas a Tidal Basin para desencorajar visitas de turistas", alertou o serviço de transporte da cidade nesta semana.
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