Críticas às políticas e aos baixos salários dominam marchas de 1° de maio na América Latina

As tradicionais mobilizações dos sindicatos para o Dia Internacional dos Trabalhadores na América Latina que ocorreram nesta quarta-feira centraram-se principalmente nas políticas de ajuste dos governos e na queda dos salários, enquanto no caso de El Salvador serviram também de pretexto para questionar o projeto de segurança do presidente Nayib Bukele.

Na questão trabalhista, o projeto amplia o período experimental do trabalhador, revoga multas aplicadas às empresas por trabalhadores não registados e estabelece um novo sistema de compensação para demissões. Os críticos do governo denunciam que nos últimos anos quase a totalidade de seus rendimentos sejam em bônus, uma vez que estes não têm incidência em outros benefícios trabalhistas, como férias. Os sindicatos pedem um aumento do salário mínimo, que está congelado desde março de 2022 em 130 bolívares por mês, o equivalente a US$ 3,56.

Em contraste, o presidente da Bolívia, Luis Arce, participou da mobilização dos trabalhadores de seu país liderada pela Central Operária Boliviana e decretou um aumento de 5,8% no salário mínimo para fortalecer sua aliança com os sindicatos diante de um crescente descontentamento social com a crise econômica.

O evento principal foi convocado pela Central Unitária de Trabalhadores , a principal organização sindical do Chile, que contou com a presença de vários ministros e autoridades do governo do esquerdista Gabriel Boric. "Estamos nos unindo a esta marcha de 1º de maio para dar visibilidade às vítimas inocentes do regime de exceção", expressou Alfredo Mejía da organização não governamental Movimento de Vítimas do Regime .

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