O desagravo ao assassinato de Mahsa Aminini: estopim dos protestos que se espalham pelo país islâmico - Ricardo Corrêa/PlacarNesta terça-feira, 29, a partida da Copa do Mundo de 2022 entre Irã e Estados Unidos é decisiva, já que define qual dos dois times avança para as oitavas de final do campeonato. Só que a disputa no gramado tornou-se mais do que um jogo, em meio a uma turbulência geopolítica intensificada.
Sua morte foi o catalisador para um movimento popular maciço que eclodiu em todo o país, com protestos contra a falta de direitos das mulheres. Pelo menos 450 manifestantes foram mortos e outros 18 mil foram presos. Antes mesmo do início da Copa no Catar, jogadores de futebol iranianos expressaram apoio contínuo ao movimento popular. Em setembro, a seleção cobriu seus uniformes antes de um amistoso, e no jogo de estreia do Mundial, contra a Inglaterra, a equipe se recusou a cantar o hino nacional.Contudo, alguns jogadores continuam próximos de altos funcionários do governo.
Antes do jogo, em seu próprio ato de protesto, a seleção dos Estados Unidos postou, nas redes sociais, uma bandeira do Irã sem o emblema da República Islâmica para mostrar “apoio às mulheres no Irã que lutam pelos direitos humanos básicos”. O país respondeu pedindo que a equipe americana fosse expulsa da Copa do Mundo – o que tem chance zero de acontecer.
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