Daniel Cravinhos, condenado por matar o casal Manfred e Marísia von Richthofen, diz que até hoje, mesmo após mais de 20 anos do crime, sente uma culpa ‘colossal e devastadora’ sobre o que fez. Em entrevista ao colunista doNa carta divulgada nesta semana, ele pede o perdão pelo que fez e demonstra vontade de se reaproximar do rapaz. Desde 2017, ele cumpre o restante da pena de 39 anos de prisão em liberdade.
“Esta tentativa de aproximação é muito delicada. Não sei como ele vai reagir. Logo após a tragédia, Suzane tentou um contato com o irmão e acabou sendo denunciada à polícia por ameaça. Se Andreas se sentir ameaçado por mim e me denunciar, posso perder o regime aberto e voltar à prisão. Por isso, optei por deixar minhas intenções claras e públicas.
Atualmente, trabalha personalizando capacetes e motocicletas para competições em uma oficina. Além disso, voltou a praticar aeromodelismo no Parque Ibirapuera, onde conheceu Suzane e Andreas. Ele tenta levar uma vida comum, mas assume que não é feliz. Ele revela que já foi hostilizado na rua, que é maltratado por profissionais de saúde quando precisa de atendimento, mas que não se ‘vitimiza’ por isso, pois entende a gravidade do que fez. Daniel ainda diz que vê no espelho o que as outras pessoas também veem, mas que tenta fugir desse reflexo.
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