Muitos tradutores comentam que é um desafio transpor uma cultura de uma língua para outra. Na teoria da tradução há textos de Goethe citando que é preciso manter ao máximo “o ritmo e até o ar entre as palavras”. Existe um segredo para traduzir a “pena da galhofa” de Machado para o inglês?
Sobre manter o ar entre as palavras, que o Goethe escreveu, acho que entra aí uma questão temporal também. O Machado tem umas frases bem longas nas quais o ponto e vírgula é essa respiração. Você não tem a ênfase abrupta de um ponto final, é como se as frases flutuassem. Aí o segredo é manter.
Eu acho engraçado que as pessoas acabam mobilizando referências muito diferentes para comparar o Machado, e é porque nenhuma se encaixa. Não há comparações, o Machado da literatura universal é o Machado. Na primeira tradução, nos anos 1950, falou-se muito em Laurence Sterne, que era uma referência para o Machado.
Para quem fez o ensino secundário no Brasil, era comum ter a imagem de um Machado de Assis branco, por causa dos retratos que apareciam nos livros. Houve nitidamente um “branqueamento” do escritor. Para você, essa relação do Machado com a sua cor influenciou a obra dele? Eu estou muito feliz que pessoas além da minha banca estão lendo uma parte da minha tese. Claro que esperança a gente sempre tem, mas eu sou botafoguense, e as minhas esperanças são moderadas. Foi uma bela surpresa.
Haddad_Fernando nosso livro 📚 favorito está na hype novamente....
Memória póstumas de Brás Cubas é o livro mais genial da história humana, isso é um fato
cremubi
Brasil Últimas Notícias, Brasil Manchetes
Similar News:Você também pode ler notícias semelhantes a esta que coletamos de outras fontes de notícias.
Fonte: VEJA - 🏆 5. / 92 Consulte Mais informação »
Fonte: bbcbrasil - 🏆 8. / 83 Consulte Mais informação »
Fonte: cartacapital - 🏆 10. / 73 Consulte Mais informação »
Fonte: elpais_brasil - 🏆 21. / 53 Consulte Mais informação »
Fonte: RevistaEpoca - 🏆 17. / 63 Consulte Mais informação »