Skaf apelou a Lewandowski requerendo que ele estenda ao seu caso o entendimento favorável a Lula de que são imprestáveis judicialmente as provas apresentadas pela Odebrecht em seu acordo de leniência. Segundo o Ministério Público, Skaf recebeu 5,1 milhões de reais da empreiteira baiana em sua campanha a governador de São Paulo em 2014, não declarados à Justiça Eleitoral.
O repasse teria sido acertado em um célebre jantar no Palácio do Jaburu, em Brasília, em maio de 2014, do qual participaram Marcelo Odebrecht e o lobista Cláudio Melo Filho, da empreiteira, e o então vice-presidente Michel Temer e o ex-deputado Eliseu Padilha. O encontro foi amplamente relatado nas delações premiadas de Marcelo e Melo Filho.
Os advogados de Paulo Skaf argumentam, no entanto, que a denúncia apresentada contra ele e aceita pela Justiça Eleitoral estão baseados em provas apresentadas pela Odebrecht a partir dos dois sistemas de informática que a construtora usava para gerir pagamentos ilícitos no seu notório “departamento de propinas”, o Drousys e o MyWebDay, consideradas provas ilícitas por Lewandowski.
O pedido de Skaf ao ministro lembra decisões recentes dele que atenderam a solicitações semelhantes feitas pelo empresário Walter Faria, do Grupo Petrópolis, que fabrica a cerveja Itaipava, e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes . Filiado ao Republicanos, o ex-presidente da Fiesp chegou a ser cotado para disputar o Senado na chapa encabeçada pelo governador eleito de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas , mas o escolhido acabou sendo o ex-ministro e senador eleito Marcos Pontes .
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