A história da 'Casa da Morte' contada por única sobrevivente

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Inês Etienne Romeu ficou presa 96 dias no aparelho clandestino montado pelo Centro de Informações do Exército (CIE) para torturar e matar guerrilheiros na época da ditadura

Noventa e seis dias. Esse foi o tempo que durou o"calvário" de Inês Etienne Romeu na"Casa da Morte", em Petrópolis, na região serrana do Rio.

Em julho de 2020, o Ministério Público Federal denunciou três militares pelo sequestro e tortura do ex-militante Paulo de Tarso, da Ação Libertadora Nacional : os sargentos Rubens Gomes Carneiro, o"Boamorte", e Ubirajara Ribeiro de Souza, o"Zezão", e o soldado Antônio Waneir Pinheiro Lima, o"Camarão".

No início da década de 1970, o filho de Ricardo, Mário Lodders, cedeu o sobrado para o general José Luiz Coelho Neto , subcomandante do CIE, mas continuou morando, com a irmã Magdalena Júlia Lodders, na casa que faz parte do terreno. Por diversas vezes, Mário Lodders visitou a"Casa da Morte". Numa dessas ocasiões, chegou a oferecer uma barra de chocolate para Inês Etienne Romeu.

Durante a operação, o agente federal Hélio Carvalho Araújo, responsável pela escolta do embaixador, levou dois tiros e morreu no local. O sequestro, o mais longo realizado por um grupo de guerrilheiros na ditadura militar, durou 40 dias. No cativeiro, Bucher assistia à TV e jogava biriba com Lamarca."O sequestro durou mais que o necessário", avalia a historiadora Isabel Cristina Leite.

No inverno, quando a temperatura na serra podia chegar a menos de 10ºC, Inês era obrigada pelos carcereiros a tomar banhos gelados de madrugada ou a se deitar nua no cimento molhado. Em três ocasiões ela tentou o suicídio. Numa delas, engoliu vidro moído. Noutra, cortou os pulsos."Eu estava arrasada, doente, reduzida a um verme e obedecia como um autômato", contou à OAB.

 

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Parabéns época e André Bernardo pelo resgate. Incrível história de uma sobrevivente, vítima de torturadores que ainda hoje, há quem os defenda.

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