O GRITO NAS RUAS - “É preciso estar alerta”: hashtag, título de filmes e livros – Glynnis Jones/ShutterstockIf you’re woke, you dig it. O artigo é usualmente visto como ponto de partida do uso da palavra woke no vocabulário político e cultural americano. O artigo de Kelley não tinha um sentido militante.
Muito já se escreveu sobre isso. Mark Lilla chamou a atenção para a fragmentação que o fenômeno de “identitarização” das lutas sociais vem produzindo sobre o mundo progressista. A velha esquerda se sente incomodada, mas não tem lá muita alternativa.
Interessante é observar a atual mutação na qual as empresas e a publicidade, o mundo da arte e do jornalismo se ajustam rapidamente aos trejeitos do ativismo. Sua popularização, diz a jornalista Beth Daley, fez com que uma ideia vital passasse a ser “cinicamente aplicada a qualquer coisa, de refrigerantes a lâminas de barbear”.
Dispondo de poder, as pessoas passam a agir como pequenos políticos. É natural que façam isso. A “sinalização de virtude” é apenas uma estratégia de marca pessoal. Na bem-humorada definição do escritor negro Damon Young, você é“se recicla seu lixo”, ou se “retuíta alguma coisa sobre as virtudes da reciclagem”. No fundo, é tudo muito barato. Você sequer precisa frequentar o SUS. Apenas escrever “viva o SUS” na sua timeline.
O pulo do gato é separar o joio do trigo. Saber o que são demandas de justiça e o que não passa de raiva e espuma, na guerra política. O que é a luta por direitos e o que não passa de sua caricatura. Só dispomos do bom senso para fazer essa distinção. Lembro de Barack Obama em um debate. O mundo é “complicado e cheio de ambiguidades”.
Não tem não, é que não perceberam ainda que esses chatos não alteram e nada os percentuais de vendas
Mas tem país em que até um ativista tem foro privilegiado pra não ser preso por abuso sexual.
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