Às 15h30, uma das voluntárias, Thais, disse que ainda não havia conseguido conversar com ninguém mesmo tendo montado uma espécie de mini banca às 14h.
— Aqui na saída da estação as pessoas passam apressadas, querendo entrar para os shows. Para nós não importa o estilo de vida, o gosto musical, acreditamos que todos podem viver em harmonia e encontrar conforto nas escritas. O grupo de voluntários que se revezam em turnos de uma a três horas é coordenado por Marcelo Sincic. Ele diz que são dez pontos de distribuição dos materiais ao redor do autódromo. Por dia, cada um deles tem conseguido entregar de 20 a 50 panfletos das testemunhas de Jeová.
— Estamos aqui sempre que tem evento no autódromo, ficamos até as 20h. Não existe uma abordagem diferente para os roqueiros em relação aos demais públicos, todos podem conhecer o nosso trabalho.Em frente ao Portão 8 do Autódromo Interlagos, um grupo de cerca de 30 jovens da Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra , vestidos de preto e com cartazes sobre Jesus, recepcionava o público com músicas religiosas.
Rayane Amâncio, de 18 anos, conta que o grupo se reuniu para “evangelizar” o público no The Town e passar a mensagem de Cristo para quem pudesse ouvir. Nenhum deles iria entrar em Interlagos. Os que aceitavam os minutos de oração recebiam pedidos para que “Deus tocasse o coração”. Rayane, com uma mão erguida ao céu e outra tocando o ombro das pessoas, também pedia que “Jesus os protegesse”.
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