, todos em papel – e prepara-se para à tarde atacar duas propostas que lhe chegaram na véspera. Os dias têm sido mais agitados, com muitas entrevistas pelo meio, por causa do prémio que recebeu no início do ano, o Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural/2022. Se não, depois de pôr a correspondência em ordem, passaria o dia a ler.
São vendas que não chegam aos 50 exemplares por ano. Tornam as reimpressões complicadas, porque não se consegue viabilizar em termos financeiros. Isto acontecia porque ela não era conhecida fora do meio académico e do meio restrito das pessoas atentas ao que vem de África. De repente, vem o Prémio Camões e milhares de pessoas interrogam-se sobre quem será.
É isso. Depois, o trabalho de editor é muito variado. Há o sentido da descoberta de uma coisa nova. Isto aconteceu-me com o Saramago, com o Gonçalo M. Tavares, com o Mia Couto.Isto não existia e passou a existir. Como quem se mete numa caravela e vai descobrir o mundo. Menos perigoso, mas muito excitante. A gente está sempre na expectativa de que as decisões que toma encontrem o eco no público. Não é fácil deixar isto.
Houve vários. O primeiro, teria eu acabado de entrar na instrução primária, havia em casa do meu avô, em Paredes, uma edição ilustrada de. Lembro-me de estar sentado numa das pontas de uma mesa muito comprida a ver as ilustrações. Depois, tentei ler e pensei, “Isto certamente é uma coisa importante. Porque é que o homem não escreve de maneira que se perceba?”.
Havia uma coisa de que a gente falava, achando que era uma coisa extraordinária, o “aparelho de fronteira” do partido. Estava combinado que iria para Vilar Formoso apanhando um autocarro de Vila Nova de Gaia para Viseu. Em Viseu apanhava outro autocarro para a Guarda. E da Guarda apanhava um táxi para Vilar Formoso. “Quando chegares, na segunda rua à direita, o homem está lá à tua espera.”E estava. Já de noite, tudo escuro. Uma coisa fantástica.
Depois de todo este passado, em 2014, as herdeiras de Saramago trocam a Caminho pela Porto Editora. À distância de oito anos, ainda é uma coisa dolorosa?
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