, o insulto que André Ventura “fez às mulheres não diz nada sobre as mulheres, mas diz tudo sobre esse senhor”. E, de facto, esse comentário apenas reflecte uma profunda misoginia e tentativa barata de minimizar as mulheres, de reduzi-las à sua estética, a meros objectos ocos sem direito à sua própria identidade.
No entanto, a sociedade civil não deixou de reagir a estes comentários, em solidariedade com a candidata do Bloco de Esquerda e com as mulheres na política e na sociedade em geral. E não é a primeira vez que o batom vermelho é associado a um símbolo de empoderamento feminino – este já conta com uma longa história de luta pelos direitos das mulheres., distribuiu batons vermelhos pelas sufragistas em Nova Iorque.
O batom vermelho tornou-se o símbolo da mulher moderna e popularizou-se durante os míticos anos 20 como sinal de emancipação. Durante a Segunda Guerra Mundial, era um facto conhecido que Adolf Hitler detestava lábios vermelhos. “Evitar o uso de batom vermelho'’ fazia parte da lista de recomendações partilhada com os estrangeiros que pisaram o solo alemão durante o Terceiro Reich. Em resposta, as mulheres dos países aliados aumentaram o uso de batom vermelho, tornando-se num desafio ao regime nazi.
Actualmente, o batom vermelho mantém a sua simbologia de rebelião e emancipação feminina. Em 2015, uma mulher da Macedónia beijou o escudo protector de um polícia durante uma manifestação contra o Governo, deixando um beijo vermelho marcado no mesmo.Partilhar citaçãoEm 2018, na Nicarágua, a activista de 68 anos Marlén Chow tornou-se um símbolo do movimento de oposição contra o Governo de Daniel Ortega.
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