A Cerâmica de Valadares, que abriu há um século em Vila Nova de Gaia numa data que viria a estar associada à palavra 'revolução', é hoje um marco de resistência após sobreviver a falências e pandemias.
"Muitos deles nasceram como adultos nesta casa. Alguns trouxeram uma segunda geração. Viviam apaixonados pelo que faziam. Quando a Valadares fechou perderam mais do que o trabalho, o foco. Muitos não saíam daqui, gritavam 'coragem' de lá de fora, iam ao café procurar novidades, nem todos regressaram, mas todos torciam por isto", conta.
José Dias, que já recebeu 75% do que a antiga Valadares lhe devia, confirma esta versão:"Se hoje a Arch não estivesse a fabricar louça, dificilmente quem está lá fora receberia as suas indemnizações. Nós continuamos aqui a trabalhar por nós e por eles, pela família", afirma. Se quando se deu o 25 de Abril de 1974, alguns trabalhadores, à revelia da administração de então, venderam louças que permitiram pagar salários, já no período em que a empresa esteve fechada entre 2012 e 2014, para satisfazer"clientes que estavam de boca aberta com o que tinha acontecido, manteve-se uma equipa comercial escondida e antigos colaboradores que estavam no desemprego iam fazendo telefonemas e diziam aos clientes para irem buscar isto ou...
A empresa fechou 2020 com uma faturação na ordem dos 5,8 milhões de euros. Este ano tem expectativa de ficar acima dos sete.
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