Falou nas vacinas, mas tem-se dito que as que temos agora não têm tanta eficácia para a Ómicron. Perante isto continuam a ser a maior arma que temos?
Um estudo feito na África da Sul e divulgado na sexta-feira revela que a Ómicron tem menos 25% de risco de hospitalização do que a Delta. Mas em termos de infeção, afeta mais alguns grupos de acordo com a idade ou com comorbilidades? Não. Penso que tem que ver com uma questão de rigor dos estudos. Não esqueçamos que com a Ómicron temos incidências muito superiores às que tivemos com a Delta e, nessa perspetiva, temos de fazer comparações adequadas, não numéricas, mas percentuais e absolutamente calibradas com o estado vacinal das populações, grupos etários, comorbilidades, etc.
A acontecer seriam péssimas notícias. Estaríamos a misturar a variante mais severa que tivemos até agora com a mais transmissível. Mas o que a comunidade científica tem assumido publicamente é que há uma enorme probabilidade de tal configurar um erro de análise de resultados, o que é relativamente frequente quando se faz a descodificação das sequências genéticas. Em princípio, foi falso alarme.Ainda não se sabe.
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