Uma investigação do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge sugere que o surto de 'monkeypox' tenha uma única origem e que o vírus tem um número"anormalmente elevado" de mutações, tendo em conta as suas características.
"A origem mais provável do vírus que está a causar o surto de 'monkeypox' mundialmente em 2022 é um vírus ancestral comum que terá causado um surto na Nigéria em 2017 e que tenha sido responsável também pela exportação de alguns casos em 2018 e 2019 para o Reino Unido, Singapura e Israel", disse hoje à agência Lusa o investigador do INSA João Paulo Gomes, que liderou o estudo.
De acordo com esta teoria, algumas pessoas infetadas terão viajado, provavelmente nos meses de março ou abril de 2022, para países não endémicos como Portugal, Reino Unido e Espanha e iniciado cadeias de transmissão. "Se ele provêm, muito provavelmente, do vírus da Nigéria, que circulou há cerca de cinco anos, e esperando uma taxa de mutação perfeitamente descrita de cerca de uma, não mais de duas, mutações por ano, não seria expectável que tivéssemos um vírus a circular agora e a causar este surto massivo com mais de dez mutações.
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