A Suécia, o único país europeu sem medidas estritas de isolamento social - à exceção da Bielorrússia, liderada pelo autoritário Alexander Lukashenko, que recomenda vodca e banhos de sauna contra a covid-19 -, tenta acompanhar o passo dos seus países vizinhos, mais de 700 mortes e 7 mil infeções registadas depois
Agora, o país - onde a taxa de mortalidade da covid-19 é muito superior aos restantes países nórdicos - debate uma proposta para que o Governo de Stefan Löfven possa governar por decreto, sem que as medidas passem pelo Parlamento. É que na Suécia continuam abertos cafés, restaurantes, ginásios e até cinemas.
“Teremos mais pessoas seriamente doentes a precisar de cuidados intensivos. Vamos enfrentar milhares de mortes, temos de nos preparar para isso”, admitiu o primeiro-ministro sueco, em entrevista ao Dagens Nyheter. Até agora, a Suécia tem-se baseado em recomendações aos seus cidadãos. De facto, estima-se que tenha havido uma queda na circulação de cerca de 70% na capital, Estocolmo - mas isso não é o suficiente para muitos.
Mesmo assim, a oposição sueca continua reticente em conceder os poderes necessários a Löfven: constitucionalmente, este apenas pode declarar estado de emergência em caso de guerra. E a oposição não é nada suscetível a que isso mude, por mais bélica que seja a linguagem dos líderes mundiais quando se referem ao combate ao coronavírus.
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