Há quem esteja preocupado. O rabopeixense Rui Tavares diz que a série até pode ser benéfica para a ilha, mas que terá “efeitos negativos” na vila com a propagação de receios e dúvidas. A socióloga Piedade Lalanda acredita que perpetuará preconceitos e a agente cultural Aurora Ribeiro questiona o “deslumbre generalizado” com as produções da Netflix e urge à reflexão.
Numa reunião com a produtora que aconteceu sobretudo por questões logísticas, a autarquia demonstrou a preocupação com a imagem passada com a série, disse Gaudêncio. “Foi-nos dada a garantia de que a produtora tem a convicção de deixar uma boa impressão pelos sítios onde passa. Os próprios atores e a produtora estão a ser muito bem recebidos pela comunidade global”, assevera.
“Propagar que as crianças de Rabo de Peixe brincaram no meio da cocaína e viviam em ambientes familiares impregnados de cocaína é transmitir ao mundo um juízo de valor indigno de uma comunidade laboriosa, guerreira, criadora de grandes personalidades nos mais variados campos da vida humana”, frisa. A socióloga Piedade Lalanda observa que, “considerando a representação social que o país tem desta comunidade piscatória, uma série que se intitula Rabo de Peixe e que trata este acontecimento “extraordinário” irá, quase de certeza, reforçar a faceta negativa que ainda hoje é associada à população local”, em torno do consumo de estupefacientes, mas também da pobreza, baixa escolarização e alcoolismo.
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