Quando se anuncia o aumento do número de camas nas enfermarias ou nos cuidados intensivos destinados a doentes covid, é preciso que essa medida seja acompanhada pelo número adequado de profissionais de saúde, considera o presidente da Secção Regional do Cento da Ordem dos Médicos , Carlos Cortes.
“Até podemos construir um pavilhão e enchê-lo de camas, mas se não há profissionais especializados para tratar desses doentes, é como se essa cama estivesse fora dos cuidados intensivos”, refere Carlos Cortes por telefone, no final do encontro que decorreu nesta quinta-feira, ao final da tarde. “É o que está a acontecer com o Hospital Geral dos Covões” , exemplifica Cortes: “Está-se a abrir camas mas, não havendo profissionais, é completamente impossível” fazer o acompanhamento adequado.
Nesta quinta-feira, a ARCS, citada pela Agência Lusa, deu conta da abertura de mais 32 camas em enfermaria para doentes covid na região Centro. Só na quarta-feira, o Centro registou mais 23 internamentos em enfermaria e dois em unidades de cuidados intensivos. No total, a Região Centro contava 1275 internados com covid-19 em enfermarias e 121 em cuidados intensivos.
E o que acontece a esses doentes que o hospital não tem capacidade para absorver? “Ficam nas urgências”, responde o responsável da Ordem dos Médicos do Centros. “Por sua vez, as ambulâncias não conseguem libertar os doentes e ficam naquelas filas”, explica.
Há muitos sectores da economia parados, não dá para pegar nessa gente e recruta-los para ajudarem no que pudessem? Em vez de se pagar para estarem casa sem fazer nada, iam(mos) ajudar para os lares, centros de dia, mesericordias e afins!
Então o problema não é a falta de camas mas a gestão da Ministra da Saúde
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