O ardor revolucionário nunca lhe faltou, mesmo se, ao longo desse século que ele viveu como poucos, não sentia que o movimento da história veio muitas vezes encorajá-lo. O certo é que Lawrence Ferlinghetti nunca abriu túmulos, como também nunca se viu entre a fauna processional que gosta das celebrações quando já não há nada a fazer, que passa a vida nos cemitérios da arte.
A lição era simples, e passava por não levar a parte do negócio muito a sério, preferindo assumir que nada é mais exemplar e heroico do que um fracasso que abre as portas todos os dias para lembrar que o dinheiro pode saber muito sobre as ambições e demais fraquezas dos homens mas não percebe patavina do que respeita às suas aspirações e grandezas.
Muitas vezes descrito como um anarco-pacifista, enquanto poeta Ferlinghetti tinha o dom de pressentir as transformações que deslocam isso a que chamamos realidade. «O Polo Norte já não está onde antes o podíamos encontrar», escreveu ele.
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