Segundo um despacho da juíza, a que a agência Lusa teve acesso, Maria de Jesus da Silva de Matos Rendeiro tem cinco dias para entregar à Polícia Judiciária 15 objetos [obras de arte] apreendidos em novembro de 2010 e que em diligência realizada no início desta esta semana à sua casa, na Quinta Patinõ,"não foram localizados".
A entrega dos bens justifica-se de forma premente, alega a juíza, sobretudo"pelo risco que constitui para a manutenção das garantias subjacentes à apreensão a recenteO tribunal entende que, sendo Maria de Jesus Rendeiro a fiel depositária dos bens penhorados, deverá esclarecer a situação, estando o seu interrogatório marcado para a próxima sexta-feira.
Num requerimento entregue ao tribunal na passada segunda-feira a mulher de João Rendeiro informou já ter localizado"cerca de metade das obras não encontradas" pela PJ quando esta polícia se deslocou à sua residência, no dia 11, para recolher as obras penhoradas. O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, aconteceu em 2010, já depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa.
O BPP originou vários processos judiciais, envolvendo burla qualificada, falsificação de documentos e falsidade informática, bem como um outro processo relacionado com multas aplicadas pelas autoridades de supervisão bancária.
Assaltaram a casa a mulher e agora ainda tem a pobre coitada de andar em desassossegos para justificar aquilo que não tem culpa
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