A viverem em ambientes “inóspitos” quanto à profundidade, luz, temperatura, pressão e outros factores, estes microrganismos “escondem tecnologias de grande importância para a biorremediação”, disse por sua vez à Lusa Maria Paola Tomasino, a primeira autora do estudo.
“Encontrámos bactérias com potencial de degradação de hidrocarbonetos, que aparecem numa longa cauda de organismos raros conhecida como ‘Biosfera Rara'”, disse a investigadora, esclarecendo que estes organismos, ainda que muito raros , representam no seu conjunto 96% do total da comunidade microbiana encontrada nos sedimentos do mar profundo.
Se a estes organismos forem fornecidas as “condições favoráveis” para o seu crescimento, podem aumentar a sua abundância e tornar-se “activos” na resposta a perturbações ambientais como é a degradação de um derrame de petróleo. “Encontrámos seis géneros de microrganismos degradadores de hidrocarbonetos quando cultivados em meios enriquecidos em petróleo. Estes resultados suportam a hipótese de que estes microrganismos com a capacidade de degradar hidrocarbonetos de petróleo estão adormecidos nos sedimentos do mar profundo e que só se tornam abundantes em resposta a uma contaminação com petróleo”, acrescentou Maria Paola Tomasino.
Os investigadores vão agora tentar produzir estes microrganismos em “maior escala”, de forma a terem quantidade suficiente para prosseguir com as experiências, bem como estudar o papel ecológico e o perfil funcional da biosfera rara do mar profundo.
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