Após três anos de obras, e a tempo de festejar os 40, a cervejaria regressa aos Restauradores, e terá mais duas moradas. Mudou muita coisa, mas há duas em que ninguém mexe: a carta e os empregados.— Temos um cliente, não sei se se pode falar nem se não… o senhor que está preso na África do Sul.— Sim. Aí mesmo onde o senhor está sentado, ele sentava-se sempre aí a comer a massinha de garoupa.
A estratégia, acredita o patrão, é ir tentando melhorar a qualidade de vida dos empregados. “Tenho aqui pessoas muito dedicadas e essa é a nossa sorte, senão isto era um barco muito difícil de levar”, gaba o sócio, lembrando que mais de metade do pessoal vem da anterior gerência. É uma tropa de uns 28, todos do antigamente, “gente com vinte, trinta e quarenta anos de casa”, entre os quais se contam 16 manuéis.
A carta do Pinóquio mantém-se, portanto, inalterada e nem valia muito a pena tentar mexer. A maior parte da clientela, garantem-nos, pede de cor, sem sequer olhar para ela. Asão a base de outra equipa em que não se mexe e só se acrescentam algumas estrelas de quando em vez — neste mercado de inverno, por exemplo, é tempo de. Juntos, formam o famoso menu da bola.
Todos os manuéis se dizem felizes por ter regressado à casa de partida. Mas a marca Pinóquio vai continuar a ter outras moradas. Em
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