É janeiro e o sol brilha na praia da Aguda. Fosse verão e o passadiço estaria certamente emaranhado de pernas e a areia coberta de toalhas, com guarda-sóis espetados que nem pelourinhos de banhistas. Sendo inverno, os pescoços escondem-se nas golas dos casacos e o barulho das ondas apenas é quebrado pelo grasnar das gaivotas e pelo rádio pousado no cubículo da casinha branca à beira mar.
Ainda assim, por muito que o improviso o empurre para o desconhecido, o coração do músico e produtor de 60 anos continua a saltar quando se cruza com uma canção orelhuda, essa estrutura que é uma das “grandes invenções do Homem!”. “Erase Me” de Lizzy McAlpine foi das que lhe roubou mais horas de audição nos últimos tempos, confessa, mas também a “OK OK OK” de Gilberto Gil.
O meu pai era um apaixonado por música. Ele foi músico amador. Aliás, foi o meu pai o culpado disto tudo, da minha carreira. Há 50 anos, quando era miúdo, toda a gente tinha que tirar um curso superior ou ter uma profissão qualquer, porque ser músico não era um trabalho sequer. Ainda hoje as pessoas pensam que os artistas são uns preguiçosos, o que não é verdade. Mas sempre tive o apoio da família.É difícil.
Havia um misto das duas coisas. Tínhamos que trabalhar todos os dias um bocado para a escola e um bocadinho para a música. Havia uma disciplina do meu pai e depois o nosso gosto. Aliás, ele nunca nos chateou muito. Gostávamos de fazer aquilo.
Os Jáfu'Mega: Mário Barreiros, Luís Portugal, Álvaro Marques, José Nogueira, Eugénio e Pedro Barreiros."Foram a emancipação dos filhos em relação aos pais. Queríamos fazer o nosso próprio grupo, compor música original e foi isso que fizemos."Tenho uns 500 a 600 discos. Atualmente não compro vinil, não me interessa muito esta moda, sou um consumidor de streaming.
Maior do que a abertura da Escola de Jazz do Porto? Quando é que se deu o clique para fundar uma escola de ensino profissional de jazz? A canção é uma estrutura e uma descoberta incrível. É uma das grandes invenções do Homem. São sínteses da vida. Depois os textos são engraçados, curtos, geralmente fáceis de perceber e há também a questão do canto. Eu gosto muito do canto popular de todos os estilos de música. O canto mais erudito para mim é muito mais distante em termos de emoção.Basicamente desde miúdo.
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