O número de máscaras respiratórias atiradas para o chão aumentou 9.000% de março a outubro de 2020, concluíram investigadores da universidade britânica de Portsmouth, que alertam que o"lixo pandémico" pode ter um impacto duradouro.
Salientam que as máscaras e outros equipamentos de proteção atirados para o chão podem ser veículos de transmissão do SARS-CoV-2 e que o impacto no meio ambiente também se reflete nos animais, que as podem engolir, bem como em organismos mais pequenos e nas plantas em redor, tapando o acesso ao oxigénio.
"O estudo demonstra o impacto que a legislação sobre o uso de máscaras pode ter na produção de lixo. Descobrimos que as máscaras deitadas ao chão tiveram um aumento exponencial a partir de março de 2020. É claramente necessário que a obrigatoriedade do uso destes objetos seja acompanhada de campanhas de educação para limitar a sua prevalência no ambiente", afirmou o investigador principal Keiron Roberts.
"Estes dados permitiram-nos olhar para as tendências do lixo pandémico mensalmente. Não nos surpreendeu que começassem a aparecer máscaras, o que nos surpreendeu foi que as legislações nacionais influenciassem de forma tão dramática a sua ocorrência", acrescentou.
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