Um projeto para compreender o sabor dos alimentos e criar biossensores que permitam alterar a perceção"amarga" de alimentos benéficos vai receber uma bolsa de 1,5 milhões de euros, atribuída à investigadora da Universidade do Porto, Susana Soares.
Susana Soares pretende estudar duas propriedades ligadas aos sentidos: o gosto amargo e a adstringência , que embora presente em alimentos como o café, chá ou vegetais, quando percebidas"em excesso levam à rejeição dos produtos alimentares que muitas vezes estão associados a potenciais benefícios para a saúde, como por exemplo alimentos anticancerígenos", explicou em declarações à Lusa.
Outro dos alvos do projeto prende-se com o desenvolvimento de biossensores específicos para avaliação de propriedades sensoriais."A ideia inicial é serem utilizados pela indústria alimentar para fazer o reconhecimento destas propriedades para intervir logo nível da cadeia alimentar e poder modelar estas propriedades antes de chegarem aos consumidores e, portanto, garantir logo uma maior aceitação", indicou.
O projeto"assenta também numa parceria com o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia, diretamente relacionado com doentes cancerígenos, nos quais é um problema acrescido estas alterações de sabor resultantes por exemplo de quimioterapia. Na verdade, este projeto também pretende abrir portas à investigação de diversas doenças relacionadas com essa temática", explicou ainda.
É de que partido, já agora?
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