Neste hidroavião exposto no Museu da Marinha, após ter sido objeto de uma reparação, saltam à vista as pequenas dimensões da cabine de pilotagem.
Profundo conhecedor desta travessia e dos três aviões que a tornaram possível --"Lusitânia","Portugal" e"Santa Cruz" -- não esconde a admiração por Sacadura Cabral e Gago Coutinho:"Eram dois homens extraordinários, a capacidade de ambos, cada um na sua área. Coutinho sempre foi ligado a uma parte da navegação.
"Projetar um biplano não é uma coisa fácil, não há muita gente no mundo que o consiga fazer. É um processo de cálculo diferente dos atuais", disse. "As pessoas terão uma noção muito clara do que é duas pessoas estarem apertadas em pouco mais de um metro quadrado e ali ficar durante 11 horas e 20 minutos", disse.
Os dois aventureiros, que já tinham trabalhado juntos em África, destacando-se no seu trabalho que perdura até hoje, utilizaram três aviões e pararam em Las Palmas e São Vicente , antes de atingirem o Brasil no chamado"grande salto" que durou 11 horas e 21 minutos. Frente ao Santa Cruz, o último hidroavião utilizado nesta viagem e que está visitável no Museu da Marinha, em Lisboa, João Moura Ferreira não esconde o entusiasmo ao falar destes dois pioneiros que atingiram o seu sonho graças à confiança que depositaram um no outro.
Nos aviões que usaram, dispunham de duas cabinas abertas em que estavam literalmente encaixados parcialmente, sem capacidade de mobilidade. Ainda assim, a associação disponibiliza na sua página da internet"um repositório de dados culturais e científicos para quem quiser ver e aprofundar melhor, o qual tem claramente como destinatários os jovens e os professores das escolas".
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