Um amigo alertou-me para uma crónica de Miguel Sousa Tavares publicada no Expresso, em particular a passagem em que se refere aos holandeses. Ele perguntou-me, enquanto cidadã holandesa que vive em Portugal a tempo parcial e está no país durante este período de quarentena, o que penso sobre o que Sousa Tavares escreveu.
Bem... penso que não merece muita atenção. Claro que poderia realçar o paralelismo errado e ofensivo com a era Nazi. Poderia referir que, no que diz respeito ao colonialismo, é um pouco como um roto a dizer ao nu... por certo, os indígenas americanos, africanos e asiáticos já se tinham descoberto a eles próprios muito antes de terem ocorrido quaisquer pilhagens empreendidas por europeus.
Graças ao meu trabalho, vivi, ao longo dos últimos quinze anos, na Holanda, Itália, França, Escócia e Portugal. Vi políticos populistas de extrema direita como Geert Wilders e Thierry Baudet a ganharem influência na Holanda. Vivenciei,, o trauma do referendo do Brexit e as suas consequências. Nesse contexto, uma crónica como a de Sousa Tavares preocupa-me, mas de forma alguma me surpreende.
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