Quando o meu olhar regressa ao tempo e aos homens que encontrei quando nasci, com quem fui crescendo e vi morrer; quando lembro os que povoaram o tempo que vivi e vão partindo; esses homens parecem-me cada vez mais uns oásis num deserto que não pára de crescer.
Amnésia cultivada na escola, como escreveu sem que o ouvissem João Lobo Antunes, um desses homens que faltam neste tempo, de uma espécie que em momentos de desesperança como o de hoje parecem em vias de extinção.Teve um projeto e fez obra. Com um estilo próprio – que, se não o tivesse, não seria obra. O que abunda agora são grupos, com vários ‘responsáveis editoriais’, empregados de empresários e editores independentes indistintos.
Ciências sociais essas traídas depois pela enxurrada de incultura e ideologia, que hoje se manifestam incontíveis. Como ele previra e ainda teve a mágoa de testemunhar Fomos amigos sempre, mesmo quando divergimos em questões associativas. Convivemos num tempo breve, também na atividade que nos apaixonava, numa experiência que me enriqueceu. Editei um livro dele, que revela o homem culto, atento ao mundo, de uma liberdade livre – como a referiu António Ramos Rosa –, aberto à procura da verdade, com essa qualidade cada vez mais rara de não querer enganar-se a si próprio.
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