A maior preocupação do Comité é o impacto do ataque nas famílias de pessoas desaparecidas. “Um ataque aos dados das pessoas desaparecidas torna a angústia e o sofrimento das famílias ainda mais difícil de suportar”, justificou em comunicado Robert Mardini, director geral do CICV. “Este ciberataque coloca as pessoas vulneráveis, as que já necessitam de serviços humanitários, em maior risco”.
Mardini apela aos criminosos que façam a coisa certa. “Não partilhem, vendam, divulguem ou usem os dados de qualquer forma”, pediu. “As pessoas reais, as famílias reais por detrás da informação que têm agora, estão entre as menos poderosas do mundo.” Segundo dados da empresa de cibersegurança, Check Point Software o sector da saúde é um dos principais alvos de ciberataques. A tendência deve-se manter em 2022. “Estamos a falar de cerca de 830 ciberataques semanais a organizações de saúde [dados de 2021], o que significa um acréscimo de 71% só num ano”, explicouhackers
demonstram não ter escrúpulos nem piedade com alvos da área de saúde ou de causas humanitárias”, sublinha o responsável português. “A Cruz Vermelha não está sozinha nesta situação. Os grupos deestão conscientes da importância e confidencialidade destes dados, e vêm-nos como ‘alvos para alcançar dinheiro rápido’.”
O alerta tem vindo a ser repetido por várias empresas de cibersegurança. O problema não é só a área da saúde — o número de ciberataques para subornar empresas e serviços críticos aumentou em 2021 segundo dados da McAfee. O ataque à
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