Charles Jencks (1939-2019): o teórico da arquitectura pós-modernista que criava paisagens felizes

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Arquitectura: Charles Jencks (1939-2019): o teórico da arquitectura pós-modernista que criava paisagens felizes

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Nascido em Baltimore, em 1939, filho do compositor Gardner Platt Jencks, Charles Jenks licenciou-se na Universidade de Harvard, primeiro em Literatura Inglesa e depois em Arquitectura, tendo-se mudado em 1965 para o Reino Unido, onde se doutoraria em História da Arquitectura pela University College London com uma tese que depois desenvolveria no mais célebre dos muitos livros que publicou,, que, desde o seu lançamento em 1973, o autor foi revendo e aumentando regularmente.

, pioneiro do pós-modernismo, o arquitecto que contrapôs à célebre máxima modernista de Mies van der Rohe, ““Entre 1977 e 1985, Jencks deitou a casa abaixo”, e fê-lo num estilo directo e espirituoso, e sem receio de chamar os bois pelos nomes, o que ofendeu o “tradicional decoro” do meio, comenta ainda Jorge Figueira,, centrada no seu projecto de centros onde doentes oncológicos podem sociabilizar e receber informação e conselhos práticos.

O primeiro Maggie Centre abriu em 1996 em Edimburgo e a sua influência começou por se circunscrever à Escócia natal de Margareth. Mas a rede, presidida desde 2008 pela mulher do príncipe Carlos, Camilla, conta hoje com mais de uma vintena de edifícios, projectados por alguns dos mais importantes arquitectos do mundo, e já ultrapassou mesmo as fronteiras do Reino Unido com a inauguração de um centro em Hong Kong, desenhado pelo gabinete de Ronald Lu.

Para Figueira, uma das dimensões mais impressionantes da obra de Jencks é o modo como este “captou o que ia acontecer”, propondo uma tese para a qual ainda não dispunha verdadeiramente de prova.

Um dos reparos de Jencks à arquitectura modernista era a sua austeridade e a sua insistência na funcionalidade, que tendia a dissipar o valor simbólico dos edifícios.

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