É chocante ver, na Assembleia da República, nos debates sobre a pandemia, os deputados baterem palmas de facção no fim de cada intervenção de “um dos seus”. Penso que o respectivo presidente de cada partido deveria fazer um apelo no sentido de prescindirem de bater palmas, quando se está a tratar de doentes, de infectados, de mortes, enfim, da tragédia que varre este país e o mundo.
Os engajadores ganham milhões. E os donos das grandes explorações sacodem a água do capote, pese a lei. Gigantes nacionais do agro-alimentar, espanhóis com fronteira porosa para o granel, que levará selo italiano, ou multinacionais sem rosto recebem loas dos poderes centrais, regionais e locais, vai para uma década. Entretanto, destrói-se património histórico milenar. Degradam-se solo, água, ar, fauna e flora.
Cumprirão impostos essas empresas: talvez em Lisboa, talvez em nenhures, pois lindas são as soluções fiscais. Mas, nós, todos pagamos: com a parcela nacional para os subsídios europeus, com a água e as infra-estruturas de Alqueva. Os estudos de impacte estarão em alguma gaveta da EDIA. Autarquias e organismos regionais ou nacionais da agricultura, ambiente, economia, finanças e administração interna continuam complacentes. Passam de uns para os outros, por exemplo, o seu “nim” a licenças de abate de uma centena de sobreiros e azinheiras para cultivo de frutos tropicais, sublinho tropicais, à sombra de um “vistoEduarda Ferreira
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