Por toda a Nigéria brotam conflitos que fazem tremer o Governo central. Enfrentam uma velha insurreição islamita no norte do país, com o regresso dos raptos em massa de alunos nas escolas, bem como o crescimento da pirataria no Golfo da Guiné, e agora, no sudeste ressurgiram as tensões com separatistas Igbo, do Povo Indígena de Biafra , acusados de atacar uma prisão em Owerri, no estado de Imo, libertando 1844 prisioneiros, esta segunda-feira.
Seja o IPOB responsável pelo ataque ou não, não há grandes dúvidas que este foi levado acabo por uma organização com uma séria capacidade operativa e poder de fogo. Os atacantes surgiram durante a madrugada, fortemente armados, com metralhadoras, espingardas, lança rockets e explosivos.
Há muito que as relações entre a etnia igbo e o Governo central são tensas, causando o crescimento de grupos separatistas.
De facto, o autoritário Presidente Muhammadu Buhari é ele próprio fula - mas trata-se de uma acusação estranha, dado que, no norte, os pastores fulas queixam-se também de discriminação do Governo, sendo esse considerado um dos grandes fatores por trás do surgimento do Boko Haram na região. Trata-se de uma dinâmica difícil de gerir, num país marcado por fortes divisões étnicas, entre hausa e fulani no norte, iorubas no oeste e igbos no leste.
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