As jornadas felizes não têm história. Jornadas felizes são aquelas em que, com maior ou menor dificuldade, como se diz em futebolês, os três grandes ganham os seus jogos, sem grande dispêndio de energia, sem nota artística, sem um golo para a história. São jornadas em que os grandes cumprem o dever histórico e financeiro da vitória.
Falemos, então, do guarda-redes espanhol. O problema de Adán em Marselha foi não ter dado um frango monumental, um daqueles frangos históricos. Fez uma exibição horripilante, sem dúvida, mas nos dois primeiros golos falhou com os pés e no lance da expulsão usou as mãos onde não devia. Repito: não houve um frango. E um frango, na sua comicidade, no seu carácter inusitado, é perdoado com rapidez.
Um súbito declínio das capacidades de Antonio Adán seria preocupante por duas razões: 1) pela memória ainda fresca da importância das exibições do guarda-redes na temporada do título e 2) por o eventual substituto do espanhol ser um novato que, depois de entrar, teve uma daquelas saídas “ricardianas” que podem não destruir uma carreira mas que em nada a ajudam. Por estas razões, Rúben Amorim precisava de uma resposta rápida.
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