Antes mesmo de se iniciar a campanha eleitoral, mas curiosamente após ser conhecido o resultado das diretas no PSD, o Presidente da República começou a divulgar o seu “caderno de encargos” para depois das eleições.
Como é óbvio, Marcelo não é socialista, ao fim de alguns anos já não está encantado ou mesmo enamorado com António Costa, e cada vez gosta menos de Rui Rio. Depois falou do Aeroporto de Lisboa, insistindo que tem de ser encontrada uma solução em 2022. Aqui a opção é entre duas localizações, o PS quer Montijo, mas essa localização nunca será escolhida pelo PCP e BE.Mas existe um caderno de encargos mais difícil e não menos essencial.
e) O aumento rápido do rendimento líquido das classes médias que não pode ser feito sem um choque fiscal no IRS e por isso com uma redução das receitas do Estado; Daí o meu pessimismo quanto à possibilidade de reformar este velho reino e quanto à coragem de Marcelo para fugir ao risco de acabar na história como D. Marcelo I, o Tio Patinhas.Como eu previ, não se fala de novo de mais nada do que da Covid. Como exemplo, o noticiário da hora de almoço de uma televisão generalista dedicou os primeiros 30 minutos ao tema.
e) As absurdas regras de controlo nas fronteiras, complicando em excesso o acesso por avião e facilitando em excesso nos acessos por terra, como se o Ómicron só viajasse por transporte aéreo; Se isso não ocorrer, ao menos seria útil para os eleitores que este tema estivesse no centro dos debates de janeiro, em vez de se encher chouriço com notícias sobre a covid como no passado.
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