Recebe-nos à porta do seu escritório, no segundo andar de um bairro histórico de Lisboa. Conduz-nos por sucessivos vestíbulos e espaços de trabalho, com secretárias, armários, computador e, sobretudo, estantes bem abastecidas de livros. É aqui que gosta de ler, mas também de trabalhar a fotografia – a sua e a da sua coleção. «É preciso identificar, inventariar, documentar... Até limpar», explica.
É a essa atividade que se tem dedicado ultimamente. Embora se queixe de que o confinamento impôs «uma rotina pesada» e esteja pessimista quanto ao rumo do país – «tenho um bocadinho de tristeza resignada porque não vejo solução» –, mostra-se sempre bem disposto e excecionalmente jovial para os seus 79 anos. Diz até que está disposto a oferecer-se como «cobaia» no processo de vacinação.
Instalamo-nos numa sala com duas frentes de janelas, a luz bem distribuída e doseada pelas portadas de madeira e cortinados. Uma aparelhagem compacta toca o segundo movimento de um concerto para piano e orquestra de Beethoven, interpretado pelo pianista canadiano Glenn Gould. «Eu não sei o suficiente», comenta, «mas você ouve o Gould, sobretudo com o Beethoven, e reconhece». Depois, a música silencia-se e dá lugar à conversa.A primeira dose.
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