O advogado britânico e ativista de direitos humanos, David Haigh, diz ter ficado"horrorizado" ao perceber que o seu telemóvel foi 'apanhado' na rede de espionagem que recorrer ao software israelita Pegasus, após um ano e meio de chamadas secretas com a princesa Latifa do Dubai, que permanece presa por ordem do seu pai, o xeque Mohammed bin Rashid al-Maktoum.
O telemóvel de David Haigh que foi intercetado continha dezenas de mensagens e vídeos da princesa Latifa, que tinha obtido um telefone e feito algumas gravações na casa-de-banho, o único local onde pode permanecer à porta fechada no sítio onde se encontra enclausurada por ordem do seu pai, o xeque Mohammed bin Rashid al-Maktoum, governante do Dubai e primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos.
Na ocasião em que o telemóvel do advogado britânico foi intercetado foram subitamente perdidas as ligações telefónicas que mantinha com a princesa Latifa na sua prisão domiciliária. Na ocasião, David Haigh também estava a apoiar a equipa jurídica da princesa Haya, mulher do xeque Mohammed, na batalha jurídica contra o emir do Dubai pela custódia dos filhos menores, que continua a decorrer nos tribunais ingleses.
Fabricado pelo Grupo NSO, de Israel, o Pegasus é um poderoso sistema de 'spyware' de vigilância que está licenciado apenas para os governos, no objetivo de combater o terrorismo ou o crime organizado, com capacidade para intercetar todos os conteúdos de um telemóvel e funcionar como um dispositivo de vigilância.
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