O escritor francês referia-se à riqueza inexplicada e não às fortunas em geral. “Le secret des grandes fortunes sans cause apparente est un crime oublié, parce qu’il a été proprement fait”, escreveu no romance “O Pai Goriot”, que começou a publicar em 1834. Por outras palavras, o segredo das grandes fortunas que não têm uma causa aparente é um qualquer crime que entretanto caiu no esquecimento, porque foi bem executado.
Quase 200 anos depois, a máxima permanece válida e em Portugal não faltam exemplos de pessoas que enriqueceram sem que se saiba como, incluindo autarcas, deputados e ex-governantes. São situações que fragilizam a democracia, minam a confiança dos cidadãos nas instituições e nos deixam a todos mais pobres.
O problema não é de agora e o povo português há muito que está habituado, mas também é verdade que pouco faz para acabar com esse estado de coisas. A figura do Zé Povinho, criada por Rafael Bordalo Pinheiro, ilustra bem essa forma de estar dos portugueses.
Porém, o país não tem de se resignar a viver dessa forma e está finalmente a dar passos para quebrar essa sina. A criminalização do enriquecimento ilícito dos titulares de cargos públicos só peca por tardia. Estamos a poucos dias de comemorar o 47.
É muito bem verdade essa informação.
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