Nasceu em Santos, à beira do mar, gostava de se estender ao sol na Praia de Itaréré, depois mergulhava e desafiava as ondas, nadando com braçada fácil. Saiu do mar, sacudindo os cabelos negros, sereia de pernas fortes, cantarolando Dorival Caymi: «O mar quando quebra na praia/É bonito, é bonito/O mar... pescador quando sai/Nunca sabe se volta, nem sabe se fica/Quanta gente perdeu seus maridos seus filhos/Nas ondas do mar...».
Renata era menina feliz de água, música e sol. E tinha um espírito competitivo mais incontrolável do que as vagas que batiam lá ao fundo na Pedra do Arpoador. Colecionava medalhas. As dela, quero dizer, as que ia conquistando em todos os torneios em que participava, o seu peito ancho engolindo litros de oxigénio, sempre uma braçada de ritmo forte que terminava num sorriso traquina de vencedor convencido de si próprio.
Renata gostava tanto do mar que o mar de Santos já não lhe chegava. Por isso foi à procura de outros mares. Na Europa, em Itália, quis cumprir a travessia de 36 quilómetros entre Capri e Nápoles. Quis e cumpriu. Levou nove horas, vinte e sete minutos e quatro segundos, assim mesmo por extenso que, nela, era tudo por extenso. Em seguida recebeu, certo dia, vindo de não sei de onde, mas certamente de um lugar maldito, o chamado da Mancha.
Portugal Últimas Notícias, Portugal Manchetes
Similar News:Você também pode ler notícias semelhantes a esta que coletamos de outras fontes de notícias.
Fonte: cmjornal - 🏆 26. / 51 Consulte Mais informação »
Fonte: cmjornal - 🏆 26. / 51 Consulte Mais informação »
Fonte: SICNoticias - 🏆 2. / 90 Consulte Mais informação »
Fonte: cmjornal - 🏆 26. / 51 Consulte Mais informação »
Fonte: revistasabado - 🏆 19. / 53 Consulte Mais informação »
Fonte: SICNoticias - 🏆 2. / 90 Consulte Mais informação »