Rio diz ser responsável pela bancada e restantes órgãos do PSD até ao Congresso

  • Lusa
  • 2 Junho 2022

"Alterações nos órgãos do partido, eu sou responsável até ao dia 1 ou 2 de julho e não quero alterar nada. A partir desse dia não é nada comigo", afirmou Rui Rio.

O presidente do PSD afirmou esta quinta-feira que, até ao Congresso, é responsável por todos os órgãos nacionais do partido, incluindo a bancada, e não quer “alterar nada”, mas a partir daí não se irá “meter onde não é chamado”.

Depois de se ter encontrado esta tarde com o líder eleito, Luís Montenegro, e de este se ter reunido, em seguida, com o presidente da bancada, Paulo Mota Pinto, Rui Rio foi questionado pelos jornalistas no Parlamento se uma eventual alteração na direção do grupo parlamentar tinha sido um dos temas.

Alterações nos órgãos do partido, eu sou responsável até ao dia 1 ou 2 de julho e não quero alterar nada. A partir desse dia não é nada comigo, portanto não é conversável comigo”, afirmou Rui Rio, em declarações aos jornalistas no Parlamento.

Instado a concretizar se até ao Congresso, que se realiza entre 1 e 3 de julho, não haverá então alterações na direção do grupo parlamentar, reiterou: “Seja na bancada, seja no que for. Mal fora se ia induzir essas alterações a semanas de me ir embora”.

Já à pergunta se compreende que Luís Montenegro possa querer trabalhar com outro líder parlamentar – tal como Rui Rio fez com Hugo Soares, em 2018 –, o ainda presidente do PSD escusou-se a fazer um comentário.

“Não vou comentar, não é da minha lavra, não me vou meter nisso, seria de muito mau tom agora que estou de saída estar a meter-me no que não sou chamado”, disse.

Paulo Mota Pinto escusou-se a responder aos jornalistas, dizendo apenas: “Comigo não”.

Rio diz que haverá “liberdade de voto completa” incluindo no referendo à Eutanásia

O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou esta quinta-feira que haverá “liberdade de voto completa” na bancada do PSD quanto aos vários diplomas sobre a despenalização da eutanásia, incluindo a proposta do Chega que pede um referendo.

Esse era um dos pontos de que era preciso falar, ninguém é contra a liberdade de voto, é uma tradição do partido e assim será”, afirmou, após o encontro desta tarde com o líder eleito, Luís Montenegro.

No próximo dia 9 de junho, serão debatidos em plenário diplomas do PS, BE e PAN para a despenalização da morte medicamente assistida e um do Chega que propõe um referendo sobre a matéria.

Questionado se também quanto ao referendo haverá essa liberdade de voto, Rio respondeu afirmativamente. “Sim, é de repetir o que foi feito, há uma liberdade de voto completa”, disse.

Durante a direção de Rui Rio, houve sempre liberdade de voto nesta matéria, incluindo quando foi votada a proposta do CDS de realizar um referendo, em outubro de 2020. Nessa ocasião, existiu até oposição de alguns deputados sociais-democratas, que defendiam que o partido teria de votar a favor depois de o Congresso do PSD ter aprovado uma moção temática nesse sentido.

Esta tarde, o líder parlamentar do PSD, Paulo Mota Pinto, tinha dito que a posição do partido quanto à proposta do Chega de um referendo sobre a eutanásia estava ainda “em aberto” e “em processo de definição”, num almoço-debate do International Club of Portugal, em Lisboa, e questionado pelo antigo líder do CDS-PP José Ribeiro e Castro se o PSD admitiria votar a favor de uma consulta popular.

Rui Rio é pessoalmente a favor da eutanásia e contra o referendo, enquanto o líder eleito do PSD Luís Montenegro é contra a eutanásia e a favor do referendo.

Esta quinta-feira, na reunião do grupo parlamentar do PSD, vários deputados tinham questionado que posição o partido iria tomar quanto à iniciativa do Chega, sem receber uma resposta definitiva de Paulo Mota Pinto, segundo relatos feitos à Lusa.

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