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MPT destaca combate a incêndios e defende resposta coordenada com a UE

28 jan, 2022 - 19:19 • Lusa

O MPT defende a adoção de uma política de ordenamento do território que combata a desertificação do interior e medidas que tornem a floresta "rentável, gerível e menos exposta a riscos de incêndios".

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O Partido da Terra (MPT) escolheu o tema do combate a incêndios florestais para o último dia de campanha para as eleições legislativas e defendeu que Portugal recorra a um programa da União Europeia de resposta coordenada.

O final da campanha foi em Leiria e na Marinha Grande e depois de visitar as áreas ardidas nesses concelhos em 2017, o presidente do MPT lamentou o seu estado quase cinco anos depois, de acordo com um comunicado do partido.

"É desolador ver toda esta área ardida, os incêndios de 2017 devastaram Portugal e nada foi feito para a sua recuperação", afirmou Pedro Soares Pimenta, citado no comunicado.

Na última ação de campanha, o líder do MPT deixou críticas ao executivo de António Costa quanto ao combate a incêndios e à gestão das florestas, considerando inaceitável "que o plano de reflorestação apenas tenha sido apresentado em época de eleições e que se continue a relegar para segundo plano os mecanismos de combate a incêndios".

Por outro lado, acusou também o Governo de teimosia, questionando por que motivo Portugal nunca recorreu ao programa RescEU, criado ao abrigo do mecanismo de proteção civil da União Europeia e que prevê uma resposta coordenada para situações de catástrofe.

"Este programa, que está em pleno funcionamento desde 2019, criou uma Reserva de Recursos, aviões de combate a incêndios, helicópteros, aviões de evacuação médica, hospitais de campanha, equipamento médico, que possibilitem dar uma resposta rápida e eficiente em situações de emergência. O que é que o governo Português fez? Nada, rigorosamente nada", apontou.

Defendendo a adesão àquele programa, que diz ser uma forma de combater eficazmente os fogos florestais, o presidente do MPT defendeu ainda que os anteriores executivos optem antes por outras alternativas.

"O Estado português prefere continuar a celebrar contratos milionários e ruinosos com empresas privadas para providenciarem aviões e helicópteros, como é o caso dos "Kamov" defeituosos, em vez de aproveitar esta solução de coordenação europeia", criticou.

Quanto às propostas do partido sobre o tema, o MPT defende a adoção de uma política de ordenamento do território que combata a desertificação do interior e medidas que tornem a floresta "rentável, gerível e menos exposta a riscos de incêndios".

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