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Ucrânia: Ministro da Letónia pede maior investimento militar devido a ameaça da Rússia

O ministro da Defesa da Letónia, Artis Pabriks, pediu um aumento do investimento militar do país báltico, de 2% para 2,5% nos próximos três anos.
27 Janeiro 2022, 22h17

O ministro da Defesa da Letónia, Artis Pabriks, pediu esta quinta-feira um aumento do investimento militar do país báltico, de 2% para 2,5% nos próximos três anos, devido à crescente ameaça da Rússia na região. Artis Pabriks alertou no parlamento letão que “a política externa russa mudou para pior”.

“Neste momento, a Ucrânia é apenas um meio para avançar. O objetivo é dividir a União Europeia e a NATO para que a Rússia possa dominar estrategicamente. Não é apenas uma questão da Ucrânia, mas da unidade de todo o continente”, adiantou o ministro, citado em comunicado.

De acordo com Pabriks, o aumento do investimento na Defesa serviria para melhorar a capacidade de combate das forças armadas letãs e desenvolver a indústria militar daquele país báltico.

A Letónia produz atualmente munições para armas pequenas, ‘drones’ e outros equipamentos militares, tendo assinado também um acordo com a empresa finlandesa Patria para construir viaturas blindadas 6×6 desenhadas no país nórdico.

O orçamento de Defesa da Letónia para 2022 é de 758 milhões de euros, o que representa 2% do PIB, conforme exigido pelos objetivos da NATO.

Os três países bálticos – Lituânia, Estónia e Letónia – têm cerca de 15.000 soldados e efetivos da guarda nacional, além de 3.000 de reserva.

As declarações do ministro da Defesa letão, membro do partido liberal Pelo Desenvolvimento, que faz parte da coligação liderada pelo primeiro-ministro Krisjanis Karins, surgem no contexto do debate anual sobre política externa. Pabriks também aludiu à questão da segurança energética, em particular a energia nuclear.

Em 2006, os chefes de governo da Lituânia, Estónia e Letónia assinaram um acordo para convidar as empresas estatais de energia a investir na construção de uma nova central termoelétrica em território lituano para fornecer energia aos três países.

O projeto, no entanto, foi rejeitado em 2012 depois da maioria dos lituanos ter votado contra num referendo não vinculativo.

Artis Pabriks também expressou o seu apoio a um sistema europeu comum de vigilância de fronteiras e gestão de pedidos de asilo, afirmando que é inadmissível que haja investimento na manutenção de centros de acolhimento de refugiados, enquanto a proteção de fronteiras “fica sem financiamento”.

Por fim, o governante exortou os deputados a apoiarem uma proposta dos ministérios da Defesa dos três países bálticos de transformar a região numa área operacional, o que permitiria aos respetivos exércitos circularem pelos três territórios com menos burocracia.

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