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Britânicos precisam de aumentos salariais de 8% para compensar subida do custo de vida

Dados avançados pelo instituto criado pelo antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair mostram que, se o Governo não tomar medidas para aliviar o custo de vida das famílias, o aumento dos salários, acima do previsto, será a única solução possível para compensar a subida da inflação e dos impostos.

Londres
Reuters
Joana Almeida JoanaAlmeida@negocios.pt 25 de Janeiro de 2022 às 14:37
O salário dos trabalhadores britânicos terá de subir, em média, 8% este ano para compensar a escalada da inflação e o aumento de impostos. A estimativa é do Tony Blair Institute for Global Change, que alerta que os trabalhadores mais pobres precisam de um aumento salarial de 10% para acompanhar a subida do custo de vida. 

Os dados avançados pelo instituto criado pelo antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair mostram que a subida de preços ao consumidor, sobretudo na energia, tem vindo a atingir com especial força os trabalhadores com baixos rendimentos. Apesar de estar previsto o aumento de 6,6% no salário mínimo britânico em abril, "não será suficiente" para compensar o aumento nas contas da energia e impostos previsto para esse mesmo mês. 

"A partir de abril, a inflação, a fatura da energia e os aumentos de impostos vão apertar muito mais para as famílias de baixos rendimentos do que as mais ricas", explica Ian Mulheirn, economista-chefe do Tony Blair Institute for Global Change, à Bloomberg. "Há muitas dificuldades pela frente, e é difícil ver como é que o Governo pode evitar arcar com uma parte delas".

Para o Tony Blair Institute for Global Change, se o Governo não tomar medidas para compensar a subida dos impostos e dos custos da energia e dos restantes bens e serviços em geral, o aumento dos salários, acima do previsto, será a única forma de conseguir que os trabalhadores acompanhem o aumento das despesas que têm a pagar.

Mesmo os trabalhadores em melhor condição financieira irão precisar de aumentos salariais de mais de 7% para manter o mesmo nível de rendimentos familiares. 

Os sindidatos têm vindo a pressionar o Governo para que se aumente os salários em 7,5% já este ano, tendo em conta que a taxa de inflação registou uma subida homóloga de 5,4% em dezembro, o valor mais alto em 30 anos.
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