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Legislativas: Costa diz que há “diferença abismal” entre projeto de futuro do PS e PSD

Falando aos jornalistas depois de ter visitado a empresa Ibermoldes, na Marinha Grande, António Costa acusou o PSD ser “contra a subida do salário mínimo nacional, quanto mais dos outros”, e de recusar a “descida do IRS ao longo dos próximos anos”, só a admitindo “como mera possibilidade a partir de 2025 e 2026”.
22 Janeiro 2022, 14h19

O secretário-geral do PS defendeu hoje que há uma “diferença abismal” entre a proposta de futuro que tem para o país e a do PSD, acusando os sociais-democratas de quererem “repetir o mesmo erro das políticas da austeridade”.

Falando aos jornalistas depois de ter visitado a empresa Ibermoldes, na Marinha Grande, António Costa acusou o PSD ser “contra a subida do salário mínimo nacional, quanto mais dos outros”, e de recusar a “descida do IRS ao longo dos próximos anos”, só a admitindo “como mera possibilidade a partir de 2025 e 2026”.

“Isto é, no fundo, quererem repetir o mesmo erro das políticas da austeridade, que é não compreenderem que é a melhoria geral dos rendimentos que permite ajudar a dinamizar a economia, mas que ajuda sobretudo as empresas que hoje precisam como nunca de talento qualificado, de recursos humanos qualificados”, frisou.

O também primeiro-ministro frisou que, face ao “elevadíssimo número de pessoas que estão indecisas”, é “fundamental” que a sociedade se concentre “naquilo que efetivamente cada partido propõe para se poder escolher”.

Nesse sentido, António Costa frisou que há uma “diferença abismal” entre os projetos de futuro dos dois maiores partidos, sublinhando que o PS apoia a “melhoria dos rendimentos, da dinamização da economia, de modernização do país, de progresso geral”, enquanto o PSD diz que só “lá para 2025, 2026 é que começará a pensar na economia das pessoas, no que tem a ver com o rendimento das pessoas”.

À semelhança do que tem feito durante a campanha, António Costa reiterou que, além do programa eleitoral e da “estratégia de visão para o futuro”, o PS tem também a proposta de Orçamento do Estado, chumbado pela Assembleia da República, prestes a ser implementada, que oferece “soluções e resultados práticos na vida das pessoas” e impede que o país fique condenado “meses a fio a viver em duodécimos”.

“Não são coisas vagas, são decisões concretas que os portugueses vão ser chamados a tomar no próximo domingo. Porque a decisão é a seguinte: se votarem no PS, sabem que é assim e já em 2022, se votarem no PSD sabem que em 2022 não será assim, não será assim em 2023, não será assim em 2024, e depois logo se verá em 2025”, frisou.

Costa considerou que, no dia das eleições, os portugueses vão também decidir “em função daquilo que é a experiência da confiança que cada um merece”, frisando que o seu partido tem “créditos”.

“Nós virámos a página da austeridade, virámos a página da estagnação, nós temos sabido liderar o país nesta luta titânica que todos enfrentamos para combater esta pandemia”, afirmou, ladeado pelo cabeça de lista do PS pelo círculo de Leiria, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, que disse ser “um bom exemplo” de um “rosto que todos os portugueses conhecem de quem tem estado na linha da frente no combate” à pandemia.

O secretário-geral socialista reiterou que, “depois de dois anos de uma crise tão profunda”, o país “não pode perder tempo, as pessoas precisam de começar já a melhorar e a ter melhorias sensíveis no rendimento para ajudar a puxar pela economia”.

Costa afirmou que, graças às políticas adotadas pelo seu Governo, o país encontra-se neste momento, relativamente ao período anterior à pandemia, “a exportar mais”, tem uma taxa de “desemprego inferior” e está “outra vez a crescer acima da média europeia”.

“Mas isto é como a bicicleta: se para, a bicicleta para e nós caímos. Portanto, a bicicleta não pode parar, é preciso continuar a andar e por isso é que o nosso lema é ‘continuar a avançar’, porque é preciso e é possível melhorar desde já as condições de vida dos portugueses”, frisou.

O secretário-geral socialista concluiu referindo que Portugal faz parte da uma “União Europeia e toda a União Europeia tem as suas políticas alinhadas neste sentido”.

“E é neste sentido que nós temos que avançar, que é para não ficarmos para trás”, frisou.

 

TA // JPS

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