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EUA acusam quatro bielorrussos de desvio de avião da Ryanair para deter jornalista

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou esta quinta-feira quatro funcionários governamentais bielorrussos do desvio de um avião da Ryanair para deter um jornalista da oposição.
  • Protestos na Bielorrússia após eleição de Lukashenko para o sexto mandato consecutivo
20 Janeiro 2022, 23h13

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou esta quinta-feira quatro funcionários governamentais bielorrussos do desvio de um avião da Ryanair, em 2021, para deter um jornalista da oposição que estava a bordo.

De acordo com um comunicado do procurador federal de Manhattan, os quatro funcionários bielorrussos são acusados ​​de “conspiração para cometer um ato de pirataria para desviar o voo 4978 da Ryanair”.

O desvio do avião, justificada por Minsk por uma alegada ameaça de bomba a bordo, provocou protestos internacionais e levou a União Europeia a impor sanções à Bielorrússia.

Em comunicado, o procurador Damian Williams disse que os arguidos violaram os padrões seguidos internacionalmente para manter seguros os voos comerciais.

Em agosto, o presidente Joe Biden impôs sanções contra a Bielorrússia, que coincidiram com a passagem de um ano da eleição presidencial de Alexander Lukashenko, um escrutínio que tanto os EUA como os países ocidentais disseram estar repleta de irregularidades.

Lukashenko recebeu um sexto mandato à frente da nação do Leste Europeu no ano passado numa votação que a oposição e muitos no Ocidente consideraram fraudulenta.

A crença generalizada de que a eleição foi roubada desencadeou protestos em massa na Bielorrússia, que levaram ao aumento da repressão do regime de Lukashenko contra manifestantes, dissidentes e imprensa independente. Mais de 35 mil pessoas foram presas e milhares foram espancadas e presas.

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