Bolsonaro é eleito “Personalidade do Ano 2021” pelos leitores da revista Times

Chamado de “líder controverso” pela revista, Bolsonaro recebeu quase um quarto dos 9 milhões de votos dados pela internet.

O Presidente brasileirol, Jair Bolsonaro, congratulou-se na terça-feira com a eleição como "personalidade do ano" pelos leitores da revista Time, dias antes de a publicação anunciar a sua escolha para 2021, que decorrerá no dia 13 de dezembro.

De acordo com a Times, Bolsonaro bateu o ex-Presidente norte-americano Donald Trump (o segundo mais votado pelos leitores), com 9% dos votos, e os profissionais de saúde que trabalham no combate à pandemia (que ficaram em terceiro lugar), com 6,3%.

Com 24% dos 9 milhões de votos dos leitores da revista, que votaram pela Internet, o líder brasileiro foi então considerado a personalidade com maior influência em 2021, "para o melhor ou o pior".

"Agradeço aos 2 160 000 eleitores que votaram em mim. Esperamos que a revista Time nos conceda, de facto, o título, respeitando o resultado das eleições", lê-se no Twitter do chefe de Estado brasileiro. "Nossos cumprimentos a Donald Trump pelo segundo lugar", acrescentou, referindo-se ao antigo Presidente dos EUA. 

O vencedor da votação “popular” não é a personalidade do ano tradicionalmente escolhida pelos editores da Time. A revista anunciará a figura do ano no dia 13 de dezembro.

Na nota onde surge o anúncio da vitória de Bolsonaro na votação “online”, a revista  disse que "o controverso líder, candidato à reeleição em 2022, enfrenta uma desaprovação crescente pela sua gestão da economia e críticas generalizadas de políticos, tribunais e especialistas em saúde pública, por minimizar a severidade da covid-19 e mostrar ceticismo em relação à vacina".

A Time acrescentou ainda que o Presidente brasileiro está a ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal, por ter afirmado falsamente que a vacina contra a covid-19 pode aumentar as hipóteses de contrair SIDA.

"Um relatório do Senado brasileiro em outubro recomendou que o Presidente seja acusado de vários crimes por má gestão da pandemia, que já matou mais de 600 000 pessoas no Brasil. Bolsonaro tem negado repetidamente qualquer ato ilícito", lê-se na nota.