João Cotrim Figueiredo, da Iniciativa Liberal, começa por dizer que o ministro da Administração Interna voltou a "esticar os limites do admissível". Eduardo Cabrita apresentou esta sexta-feira a demissão do cargo que ocupava desde outubro de 2017.
"Assistimos a um pedido de demissão que está ao nível daquilo que foi um péssimo ministro. Não assumiu as responsabilidades que teve no acidente e chegou a usar a frase 'o automóvel foi vítima de acidente'. Não foi o automóvel que foi vítima, foi Nuno Santos", afirmou em entrevista à SIC Notícias.
Cotrim Figueiredo diz ainda que Eduardo Cabrita não teve capacidade para reconhecer que "há uma responsabilidade política e objetiva" no caso do atropelamento.
"Porque é que isto é feito agora? É para proteger o primeiro-ministro, porque estamos a dois meses das eleições?".
A Iniciativa Liberal diz que Portugal não pode continuar numa situação em que nunca ninguém é responsabilizado por nada.
A decisão de Eduardo Cabrita surge no dia em que o Ministério Público acusou o motorista do ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita de homicídio por negligência, no caso do atropelamento mortal de um trabalhador na A6.
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