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Inflação na OCDE sobe para 5,2% em outubro, um máximo em quase 25 anos

Na zona euro, onde se inclui Portugal, o ritmo de aumento da inflação foi superior, mas para um valor inferior ao verificado no conjunto dos 38 países da OCDE, registando-se uma progressão e 0,7 pontos percentuais, para 4,1%.
2 Dezembro 2021, 12h14

A inflação homóloga nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) subiu 0,6 pontos percentuais em outubro, face a setembro, para 5,2%, a mais elevada taxa em quase 25 anos, desde fevereiro de 1997.

Num comunicado divulgado esta quinta-feira, 2 de dezembro, a OCDE precisa que, na zona euro, onde se inclui Portugal, o ritmo de aumento da inflação foi superior, mas para um valor inferior ao verificado no conjunto dos 38 países da OCDE, registando-se uma progressão e 0,7 pontos percentuais, para 4,1%.

Nos Estados Unidos da América, o aumento foi mais pronunciado e o valor final mais elevado, com a inflação homóloga a subir 0,8 pontos percentuais, para 6,2% em outubro, o nível mais elevado desde novembro de 1990, quase 31 anos.

Ao longo do ano terminado em outubro, os preços da energia subiram 24,2% na OCDE, um ritmo mais de cinco pontos percentuais superior ao verificado em setembro (18,9%) e o mais elevado desde julho de 1980.

A subida dos preços dos alimentos na OCDE manteve-se estável em 4,5%.

Excluindo alimentos e energia, a inflação homóloga da OCDE subiu mais moderadamente, para 3,5% em outubro, em comparação com 3,2% em setembro.

Só o Japão escapa ao aumento dos preços

Em outubro, a inflação homóloga aumentou em todos os países do G7, exceto no Japão, onde caiu ligeiramente para 0,1%, contra 0,2% em setembro, apesar do forte aumento dos preços da energia (para 11,4%, contra 7,5% em setembro).

A inflação homóloga aumentou acentuadamente no Reino Unido (para 3,8%, contra 2,9% em setembro) e nos Estados Unidos (para 6,2%, contra 5,4%) refletindo aumentos em todas as componentes da inflação para ambos os países.

Todas as rubricas excluindo alimentos e energia foram as que mais contribuíram para a inflação global nestes dois países (em 2,8 pontos percentuais e 3,9 pontos percentuais, respetivamente).

Os preços da energia contribuíram com 1,0 pontos percentuais no Reino Unido e 1,8 pontos percentuais nos Estados Unidos, enquanto os alimentos contribuíram modestamente (em 0,1 pontos percentuais e 0,4 pontos percentuais respetivamente).

A inflação homóloga também aumentou nos outros quatro países do G7: para 4,7% no Canadá (contra 4,4% em setembro), para 4,5% na Alemanha (contra 4,1%), para 3,0% em Itália (contra 2,5%), e para 2,6% em França (contra 2,2%).

A subida dos preços da energia aumentou acentuadamente nestes quatro países e a energia foi o principal contribuinte para a inflação global em Itália e França, onde contribuiu com 2,1 pontos percentuais e 1,6 pontos percentuais da taxa de inflação, respetivamente.

Ao mesmo tempo, a subida dos preços dos alimentos diminuiu ou manteve-se estável nestes quatro países, com contribuições limitadas para a inflação global.

Todos os itens excluindo alimentos e energia contribuíram mais para a inflação no Canadá e na Alemanha (em 2,3 pontos percentuais em ambos os países), e menos em Itália e França (em 0,7 pontos percentuais e 0,9 pontos percentuais, respetivamente).

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