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Marcelo rejeita novo estado de emergência argumentando que situação hoje “é diferente” de há um ano (com áudio)

De acordo com o Presidente da República, os “oito mil casos fica ainda fica aquém daquilo que tivemos há um ano” e por isso descarta um cenário de estado de emergência.
2 Dezembro 2021, 12h52

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, rejeitou a ideia de que poderá haver um novo estado de emergência tendo em conta o aumento de casos e a existência de uma nova variante, garantindo que a situação agora é diferente.

“Oito mil casos [por dia] ainda fica aquém daquilo que tivemos há um ano e sobretudo com uma grande diferença: há um ano não testávamos o que testamos hoje”, explicou Marcelo à margem da sua visita a Estrasburgo, acrescentando que “hoje testa-se e tem que se testar”. “O que interessa é o número dos cuidados intensivos e o número de mortos e aí tem havido uma estabilidade tendencial em relação há um ano”, completou.

As declarações do Presidente da República sucedem as de Graça Freitas, diretora Geral de Saúde, que admitiu uma “duplicação de novos casos” em dezembro. “Podemos ter uma duplicação de novos casos dentro de 26 dias”, afirmou em entrevista à “RTP” na noite de quarta-feira.

Sobre um novo confinamento, o Presidente da República reforçou a ideia e considerou ainda que atualmente o país está “numa situação diferente”. “A vacinação está a ter uma adesão massiva dos portugueses. Se correr bem como estamos à espera que corra em dezembro e portanto, até ao natal e depois do natal, em janeiro temos a via para não termos [um novo estado de emergência]”.

Ainda assim, embora um novo estado de emergência não esteja na mira do Presidente da República, Marcelo citou o primeiro-ministro que já tinha mencionado à comunicação social que poderiam existir regras restritivas. “Medidas que sejam aconselháveis se for esse o caso, mas não aquilo que se passou há um ano”, sublinhou o Chefe de Estado.

Portugal atingiu, na terça-feira, o maior número de infeções dos últimos dez meses: 4670 infetados com a Covid-19, segundo os dados da Direção Geral de Saúde (DGS). Além do número de infeções também a nova variante Ómicron ganha terreno e atualmente já existem 19 casos da mais recente variante.

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