Perfil

FC Porto

Sérgio Conceição acende o cachimbo da paz: “O Paulo Sérgio é dos treinadores com quem mais simpatizo, quero é que seja feliz”

O treinador do FC Porto fez a antevisão do jogo de sexta-feira, com o Portimonense (19h, Sport TV1), na qual foi questionado pela picardia ocorrida entre ambos os técnicos na época passada. Sérgio Conceição desvalorizou o episódio, deixando elogios a Paulo Sérgio e dizendo que são "ambos homens do futebol"

Tribuna Expresso

MIGUEL RIOPA/Getty

Partilhar

A preparação do jogo com o Portimonense

"Olhar muito para aquilo que somos nós enquanto equipa e para aquilo que é a valia do adversário e o bom momento que atravessam, perceber o porquê desse bom momento. É essa a preparação dentro do que, historicamente, é sempre um jogo difícil. Vamos lá para conseguir os três pontos".

É a melhor defesa da Liga a seguir aos três grandes

"Históricos não me dizem muito, levam-me é para um estado de espírito de que é muito difícil jogar em Portimão, temos histórico de jogos ganhos já para lá dos 90 minutos. O Portimonense habituou-nos a grupos com jogadores com qualidade acima da média, este ano também. Aliou isso à capacidade que a equipa tem, neste momento, de sofrer pouco, com jogadores de impacto físico no jogo, é uma equipa que se organiza bem, muito vertical e incisiva no ataque à baliza. Pode não criar muitas situações de golo, mas é extremamente eficaz nas que cria. Sei que é isso, os dados e os factos dizem-me isso.

Estamos precavidos para aquilo que é um jogo difícil, dentro de uma dinâmica coletiva que tem sido forte, fora dos chamados grandes é a equipa com a melhor defesa, só tem mais um golo sofrido do que nós. Cabe-nos criar muitas situações no último terço e sermos mais eficazes do que temos sido, sendo fortes no processo defensivo e em todos os momentos desse processo — uma equipa defensivamente forte tem muito poder na forma como atacamos. Se formos rigorosos e exigentes com aquilo que são as nossas características, vamos ser mais fortes".

A covid-19

"Ainda hoje tivemos uma conversa no balneário com o departamento médico sobre a responsabilidade, que tem de ser grande em toda a gente. Se não formos responsáveis, de um momento para o outro podemos ficar em pessoas. Todos os cuidados são poucos para nos mantermos aptos para a vida normal. Não é só no futebol, é preocupante para a sociedade, temos, todos nós, de lidar e combater isso da melhor forma".

O campeonato pode ser influenciado pela pandemia?

"Já falei sobre o Belenenses SAD-Benfica. As regras são ditadas e metidas em prática pela gente que está capacitada para isso, e não pelo treinador do FC Porto".

O renascimento de Nakajima no Portimonense

"Olhando para a equipa do Portimonense, não olhei muito para o Nakajima, porque sabia que não podia dar o seu contributo. Tem estado a bom nível dentro do contexto do Portimonense, e não do FC Porto".

As investigações que envolvem o FC Porto

"Já falei sobre isso na semana passada e estaria aqui a desviar o nosso foco do jogo com o Portimonense".

Vai beber um copo de vinho com Paulo Sérgio, treinador com quem teve uma picardia o ano passado?

"Estou de dieta, não posso beber álcool. Somos homens do futebol, o que tenho a analisar é o trabalho do Paulo enquanto treinador e a excelente fase que está a atravessa, que não é certamente pela relação que tem com outros foram do clube. Se querem que vos diga, o Paulo é dos treinadores com quem mais simpatizo, e isto não é o levantar da bandeira, é o que sinto.

Isso foi um episódio que passou, num jogo de futebol vivem-se muitas emoções e não há tempo para se pensar em outras coisas que não sermos o mais competitivos possíveis. Se guardo alguma mágoa ou algum tipo de sentimento negativo? Não foi bonito, já falei sobre isso e acontece por essa Europa fora com grandíssimos treinadores que foram campeões da Europa ou têm equipas valiosíssimas. São confusões que se poderão entender na confusão do jogo.

Esse episódio passou. O que quero é que o Paulo Sérgio seja feliz, excetuando amanhã, e que ele e a sua família sejam felizes. Não há nada mais a acrescentar".