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Portugal com 19 casos da variante Ómicron. Estão todos ligados à Belenenses SAD

Direção Geral da Saúde admite que possam existir cerca de oito mil casos diários na altura do Natal.
Correio da Manhã 1 de Dezembro de 2021 às 21:03
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Portugal com 19 casos da variante Ómicron. Estão todos ligados à B SAD
Portugal regista já 19 casos da variante Ómicron da Covid-19. A informação é avançada pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, em entrevista à RTP.

Se a tendência se mantiver, número de novos casos poderá ser o dobro na altura do Natal, admitiu Graça Freitas, ou seja, cerca de oito mil casos diários.

Os 19 casos identificados estão relacionados com o surto registado no Belenenses SAD. Recorde-se que este surto já levou a que os serviços de urgência pediátrica e consulta externa de pediatria do Hospital Garcia de Orta, em Almada, encerrassem esta terça-feira. Em causa estava o caso de um médico em funções naquela unidade hospitalar que está ligado à  Belenenses SAD.

Este surto ligado ao clube português levou a uma grande polémica devido ao encontro com o Benfica, onde os azuis apenas levaram para campo nove jogadores e acabaram por abandonar a partida após o apito inicial da segunda parte.

Mais de 100 pessoas da estrutura do Belenenses SAD estão em isolamento. Entre toda a estrutura do Belenenses SAD -- jogadores, equipa técnica e 'staff' da equipa principal e de sub-23 -- e os contactos diretos dos 13 casos positivos de infeção confirmados nos 'azuis', o número de pessoas em isolamento ultrapassa a centena.  De acordo com a diretora-geral da saúde, 24 pessoas pertencentes ao Belenenses SAD estão infetadas, sendo que 19 correspondem à estirpe Ómicron e cinco aguardam o resultado. "Temos uma rede de vigilância laboratorial. Há mais casos em investigação", admitiu Graça Freitas.

DGS poderia ter impedido jogo entre Belenenses SAD e Benfica?
Graça Freitas garantiu que a Direção-Geral da Saúde não tinha nem tem a competência para impedir a realização de jogos perante possíveis casos de Covid-19, como foi o caso do jogo do passado sábado entre Belenenses SAD e Benfica. A diretora-geral da saúde afirmou que, à hora do jogo, não eram conhecidos ainda casos positivos, havendo apenas pessoas em isolamento.

"Cabe aos clubes fazerem o que entenderem consoante os regulamentos. As decisões desportivas não são com a saúde", sublinhou, frisando que existe uma articulação com o departamento médico dos clubes.

Processo de vacinação prossegue em Portugal
"É muito diferente de ter casos e caso graves e letais", sublinha Graça Freitas sobre a vacinação em curso, sublinhando, no entanto, que cerca de 100% das pessoas com 80 ou mais anos foram já vacinadas.

Sobre os internamentos, a diretora-geral da saúde admite que a maioria dos jovens internados não estão vacinados contra a Covid-19.

Sobre os dados mais recentes da vacinação em Portugal, 1.9 milhões de pessoas receberam já a dose de reforço. No total, foram administradas 17 milhões de doses contra a Covid-19. Graça Freitas considera que o grupo da faixa etária dos mais de 65 anos é aquele que tem maior capacidade de responder ao processo de vacinação, nomeadamente o autoagendamento.

Vacinação de crianças a partir dos 5 anos
Um grupo de especialistas de pediatria vai entregar um parecer esta quinta-feira sobre a vacinação de crianças a partir dos 5 anos contra o coronavírus. Graça Freitas afirmou que o grupo da faixa etária entre os 0 e os 9 anos continua a ser o grupo com maior número de infeções ao dia de hoje, uma vez que o vírus "circula de forma livre".

"[Crianças] não têm o risco de um idoso, não têm o risco de um adulto, mas não têm risco zero", sublinhou Graça Freitas sobre casos de infeção entre crianças.

A vacina para as crianças foi comprada através do mecanismo europeu. As primeiras doses deverão chegar a Portugal a 13 de dezembro. O plano para vacinação encontra-se já a ser elaborado para que a inoculação, em caso de ser recomendada pelos especialistas em Portugal, comece em janeiro. 

Natal à porta obriga a alguns cuidados
Graça Freitas apela aos portugueses que recorram ao auto-teste para convívios fora da bolha familiar na altura do Natal. "Podemos ter uma consoada, mas fazer grupos mais pequenos", sugeriu a diretora-geral, que relembrou a importância de arejar as divisões e cumprir as medidas de etiqueta respiratória.
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