28 novembro 2021 14:20
Medidas. Governo anunciou restrições que contrariam a quase “libertação” anunciada há meses. Especialistas preveem que a vida será feita de adaptações à doença: “A erradicação está fora de questão”
28 novembro 2021 14:20
A imposição de teste negativo aos vacinados nas visitas a lares e a doentes internados, nas idas a bares e discotecas ou em grandes eventos sem lugares marcados ou recintos desportivos, anunciada na quinta-feira, foi a sentença de morte à normalidade declarada pelo primeiro-ministro no “dia da libertação”. As vacinas que temos salvam-nos a vida mas, de agora em diante, é oficial que não nos devolvem a liberdade total. Vamos continuar reféns do vírus. A pergunta é: até quando?
“Precisamos de uma vacina que previna a doença grave, como a que temos, mas também a infeção e a transmissão da doença”, explica Artur Paiva, professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e chefe do Serviço de Medicina Interna do Hospital de São João. O especialista acredita que a “Ciência acabará por ser capaz de encontrar essa vacina” mas, mesmo assim, não será o “fim do jogo”.